quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
O CULTO AO DEUS SOL
O Culto ao deus Sol e
a origem do Domingo cristão
Introdução:
Era o culto do sol conhecido e praticado na antiga
Roma no primeiro século e.c., Gaton H. Halsberghe, em sua recente monografia
The Cult Of Sol Invictus (parte da série sobre Religiões Orientais no Império
Romano, editada pela atual autoridade no assunto, M. J. Vermaseren), apresenta
persuasivos textos e argumentos indicando que o culto do sol era “um dos mais
velhos componentes da religião romana oriundo dos povos dominados, mais
precisamente do antigo Egito”.
Segundo suas conclusões bem fundamentadas, o culto do
sol na Roma antiga experimentou duas fases. Até o final do primeiro século
e.c., os romanos praticavam o que ele chama de um culto de sol “autóctone”
(isto é, nativa ou indígena)”, porém, “começando no segundo século e.c.., o
culto do sol oriental começou a influenciar Roma e o resto do império”. Uma
amostra das evidências será suficiente para tornar-nos cientes de sua
existência e importância.
Um calendário da época de Augusto (o Fasti de
Philocalus, datado de antes de 27 e.c.) ao lado da data de 9 de agosto diz:
“soli indigiti in colle Quirinali–ao sol, nativo na colina Quirinal”.
A opinião
dos estudiosos difere na interpretação da frase “sol nativo”–Sol indiges” que
aparece em alguns textos romanos antigos, visto que os romanos bem poderiam ter
designado o sol como seu deus nacional, embora fosse, na verdade, uma divindade
importada do Egito e de Babilônis. Entretanto, mesmo aceitando que Sol indiges
não era realmente nativo para os romanos, permanece o fato de que era
considerado como um deus romano.
Após a conquista do Egito (31 e.c.) Augusto enviou
dois obeliscos a Roma e “dedicou-os ao sol–Soli donum dedit”10 no Circus
Maximus e no Campo de Marte para agradecer ao mesmo deus pela vitória.
Tertuliano relata que em seu tempo (cerca de 150-230 e.c.), “o enorme obelisco”
no circo ainda estava “ instalado em público para o sol”, e que o circo “era
principalmente consagrado ao sol”.
Vários altares do primeiro século e.c., foram
encontrados dedicados ao “sol e à lua–Solis et lunae”. Nero (54-68 e.c.)
atribuiu ao sol o mérito pela descoberta da conspiração contra ele e erigiu o
famoso “Colossus Neronis no mais alto ponto da velia, representando o sol, com
destaques de Nero e com sete longos raios em volta de sua cabeça”. Adriano
(117-138 e.c.) que identificou-se com o sol em suas moedas, segundo Elius
Spartianos (300 e.c.) “dedicado ao sol” o Colossus Neronis depois de remover os
destaques de Nero, Tácito (55-120 e.c.) também relata que a terceira legião de
Vespasiano (69-79 e.c.)” segundo o costure sírio, cumprimentou o sol nascente”.
Halsberghe assegura que desde o início do segundo
século, o culto oriental do “Sol invictus–sol invencível penetrou em Roma em
dois modos diferentes: privativamente, através do culto do Sol invictus Mitra e
publicamente através do Sol invictus Alagabal. Conquanto discordemos do autor
sobre a data da difusão do mitraísmo, pois há significativos indícios de que
havia alcançado Roma já no primeiro século e.c., a diferenciação entre os dois
cultos é persuasivamente demonstrada. O mitraísmo primordialmente era um culto
privado, embora contasse entre seus adeptos magistrados e imperadores. O Sol
Invictus Alagabal, por outro lado, era um culto popular com grandiosos templos,
e durante o governo do jovem imperador
Alagabalus (218-222 e.c) tornou-se o
culto oficial de todo o império.
Estas formas diversificadas de culto do sol resultando
da penetração dos cultos do sol orientais evidenciam a conclusão de Halsberghe
de que “desde a primeira parte do segundo século e.c, o culto do Sol Invictus
era dominante em Roma e em outras partes do Império. A identificação e culto do
imperador como o deus-sol, encorajados pela teologia oriental do “Rei Sol,” e
pelas considerações políticas, indubitavelmente contribuíram para a difusão de
um culto do sol público.
Por ser Roma uma cidade cosmopolita e sede de um vasto
império, afluíram a ela povos de diversas culturas, que incluíam na bagagem
cultural inúmeras crenças, as quais eram recebidas e reconhecidas pelos
romanos. Entre elas, teria-se associado às crenças dos latinos, sabinos e
etruscos a reverência ao primeiro dia da semana.
Do paganismo ao cristianismo:
O Imperador Constantino provocou uma divergência de
opinião sobre a questão se deve ser o sábado ou o dia de Mitra, o dia observado
como dia de descanso. A divergência não se aplica aos judeus, para quem o dia
de descanso (Shabat) é incontestavelmente no sábado, nem para os muçulmanos
cujo dia sagrado (jumu'ah) é em uma sexta-feira. A divergência entre a
tradicional observância religiosa judaica do Shabat e ao respeito ao primeiro
dia da semana aparece com o concilio de Niceia (ano 325e.c.) pelo Imperador
Constantino que impõe o dia do sol invictus sobre o sábado, de modo a
introduzir o povo pagão dentro dessa nova religião - o cristianismo e assim
unificar todo o povo do seu império.
Em 325e.c. as orientações decididas no Primeiro
Concílio de Nicéia, estabelecem universalmente o primeiro dia da semana como
dia sagrado a todos os cristãos, o nome do primeiro dia da semana foi
modificado de dies solis para Dies Domenica ou simplesmente Domingo. Decisão
mantida pela maioria das denominações cristãs até hoje.
Sob a influência cultural paganizadora do Império
Romano, o cristianismo acabou absorvendo vários elementos de origem pagã,
dentre os quais se destaca a crença em uma tríade ou trindade de três deuses, o
culto ao Sol de origem persa
(mitraísmo). Os mitraístas romanos veneravam o Sol Invictus
cada domingo e celebravam anualmente o seu nascimento no dia de 25 de dezembro. Tentando
harmonizar alegoricamente o Sol Invictus com o “sol da justiça” descrito em
Malaquias4:2; Jo8:12, muitos cristãos começaram a adorar a Cristo no
domingo como “dia do Sol” (Sunday em inglês e Sonntag em alemão), com o duplo propósito de se
distanciarem do judaísmo Nazareno e rabínico sempre perseguido pelos romanos e de se
tornarem mais aceitos dentro do próprio Império Romano.
Mas o que parecia inicialmente apenas um sincretismo
religioso começou a assumir um caráter institucional. A 7 de março de 321 e.c.,
o imperador Constantino, um devoto adorador de Mitra, decretou o seguinte:
“...que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade,
e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol......”. - in: Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par. 2.
Esse
decreto foi seguido por várias medidas
eclesiásticas para legalizar a observância do domingo como dia de
guarda para os cristãos. O próprio Catecismo Romano, 2.ª ed.
(Petrópolis, RJ:
Vozes, 1962), pág. 376, reconhece a atuação da Igreja Católica nesse
processo,
ao declarar: “A Igreja de Deus, porém, achou conveniente transferir
para o domingo a solene celebração do sábado.”
Por mais atraentes e populares que sejam algumas
teorias sobre a origem da observância do domingo, não podemos impor ao texto
bíblico interpretações artificiais e desenvolvimentos históricos que só
ocorreram após o período bíblico. Para sermos honestos com a Palavra de Deus,
precisamos permitir que ela mesma nos diga qual o verdadeiro dia de guarda do
cristão (ver Deuteronômio 4:2; Provérbios 30:5 e 6; Gálatas 1:8; Apocalipse 22:18 e 19).
Logo após o decreto de Constantino a igreja romana
institucionalizou o dia do sol invictus como sendo o novo dia de descanso para
os cristãos chamando-o de Dies Domenica(domingo), porém, como muitas
Congregações primitivas não deram a mínima para esta nova doutrina, mas
continuaram a celebrar seus cultos no Sábado como sempre ocorreu desde o
período dos Atos dos Apóstolos, ver Atos 16:13 e Lucas23:54a56, a igreja romana
irada por não ter sido atendida em sua determinação, elaborou uma ordem que
seguia com uma ameaça a quem desobedecesse suas leis, no Concílio de Niceia, no
cânon 29, Roma determina a sua ordem pela força:
"Os cristãos não devem judaizar descansando no sábado, mas sim trabalhar
neste dia; antes devem honrar o dia do Senhor(domingo) e descansar, se for
possível, como cristãos. Se, entretanto, forem encontrados judaizando
celebrando o sábado, sejam excomungados por Cristo." - Hefele, History of the Councils of the Church, vol.
II, livro 6, sec. 93, pág. 318.
E assim começou uma cruel perseguição a todas as
Igrejas primitivas que ainda se mantinham fiéis aos ensinamentos dos Apóstolos
e a Pavara de D’us, ou estes crentes aderiam aos caprichos de Roma ou teriam
suas igrejas destruídas e assim Roma começou a se impor com mão de ferro e
seguindo por este caminho acabou criando uma instituição das mais tristes,
violentas e vergonhosa para a história
da humanidade, mais tarde Roma cria o tribunal da santa inquisição para
assassinar a todos que não concordasse com sua religião cristã.
Conclusão:
Estamos
em plena era da Restauração, onde as pessoas estão se despertando para
as verdades bíblicas que foram escondidas por séculos de enganação,
muitos espontaneamente estão buscando o D'us Eterno de Yisrael, pois
descobriram que foram enganadas e sempre estiveram a praticar uma
religião sincrética e cheia de paganismo, porém, qualquer alma que
deseje sair da Babilônia, antes de tudo deve tirar a Babilônia de dentro
de si, ninguém deve vir para a Restauração trazendo bagagens de Roma,
não dará certo.
Restauração
é entrega total ao Eterno e deixar que Ele seja o guia em nossa vida,
buscaremos andar nas veredas antigas esquecendo das coisas que para trás
ficaram, sair da Babilônia requer um longo processo de descontaminação
doutrinária, para reaprender a servir e adorar ao Eterno conforme as
Escrituras.
Rosh: Marlon Troccolli
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