quinta-feira, 3 de março de 2016

A NOSSA CULTURA HEBRAICA PATRIARCAL



A NOSSA CULTURA HEBRAICA PATRIARCAL
Rosh: Marlon T. Troccolli


Introdução:

Muitos criticam os judeus e chegam a manifestar um certo preconceito devido sermos um povo de costumes e tradições bem diferentes, em nenhum povo na face da terra iremos encontrar costumes tão marcantes iguais aos costumes judaicos, sabem por que? Simplesmente porque foi o nosso próprio D’us quem nos deu este conjunto cultural tão rico e tão marcante assim.
Adonai nosso D’us nos instruiu detalhadamente em como deveríamos viver e nos comportar no mundo, a nossa herança cultural vem sendo preservada ao longo dos séculos tais quais eram no passado, passadas de pais para filhos. Cada detalhe dos costumes que praticamos representa e identifica a nossa crença ao Único D’us Verdadeiro, e isto é maravilhoso porque gera uma indagação por parte dos gentios em querer saber porque praticamos tais costumes.
Esta foi uma maneira muito sábia e estratégica do Eterno quando nos instruiu a cerca da nossa Cultura Patriarcal para que, por meio de nossos costumes e tradições, manifestarmos a Luz Divina ao mundo.

Costumes e Tradições da Cultura hebraica

A Sinagoga:

Em hebraico a palavra Sinagoga é Beyt Knesset e significa “Casa de Estudos”, o conceito de Sinagoga surgiu na Babilônia durante o exílio dos judeus, lá, na falta do Templo de Jerusalém que havia sido destruído por Nabucodonosor, os fiéis de Yisrael passaram a se reunir em um local reservado para cantarem, orarem e estudarem a Torah como diz o Salmo “se lembrando de Sião”. Até hoje este costume permanece seguindo a ordem do Eterno que nos manda estudarmos a Torah em Comunidade (ver Neemias 8:7).
O Kabalat Shabat:


É a cerimônia que dá início a celebração do santo Shabat, começa com o acendimento das Luzes do Shabat seguido de cânticos, orações e recitações contidas no Sidur(livro de liturgias), após as leituras ocorre o Kidush(ceia com pão e vinho) acompanhado por um jantar festivo, é um momento de muita alegria e devoção únicos em nosso meio judaico.

O Estudo da Parashá:



A Parashá ou parashiôt são porções da Torah e dos Profetas que são estudadas semanalmente em casa e explanadas em Comunidade na Sinagoga aos sábados pela manhã, conhecida na Bíblia como “As Lições da Lei e dos Profetas” (ver Atos 13:15).

O Kipá:




 



Kipá é a cobertura da cabeça inicialmente usada pelos sacerdotes por ordem divina, todo sacerdote deveria usar um turbante cobrindo toda sua cabeça em sinal de respeito e reverência para com o Eterno (ver Êxodo 39:28), mais tarde, com a falta do Templo o israelita substituiu os sacrifícios do Templo pelas preces e orações domésticas, assim surgiu o uso da cobertura na cabeça em memória ao serviço sacerdotal.

O Talit: 


 
 Os Tsitsiôt são fios azuis e brancos usados geralmente nos quatro cantos do Talit ou em nossos vestuários. Eles servem para sempre mantermos em lembrança  os Mandamentos do Eterno nosso D’us, e assim evitarmos cair em tentações e pecarmos ofendendo ao nosso D’us, conforme está ordenado na Torah (ver Números 15:37-40).


Os Tefilim:


 
 Tefilin é o plural da palavra hebraica tefilá, que significa "prece ou oração", é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal kashê, dentro das quais está contido um micro pergaminho com os quatro trechos da Torah em que se encontra o Shemá Sagrado, é usado preso na testa acima dos olhos e no braço direito conforme ordenado na Torah (ver Deuteronômio 6:8).


As Hagim Festas Bíblicas:



As Festas do Eterno foram ordenadas por Ele para simbolizar cada estágio da vida de um israelita diante de D’us. Também representa todo o ministério do Messias como o enviado do Eterno. É uma honra para nós celebrarmos cada Festa do Eterno pois, elas  simbolizam a nossa Comunhão e Aliança com Ele. São sete as Festas ordenadas pelo Eterno na Torah dentre as quais o Shabat, a Pêssach(páscoa), festa dos Pães sem fermento, festa de Shavuôt(pentecostes), festa de Yom Teruá(rosh hashaná), Yom Kipur(dia do perdão) e festa de  Sukkot(tabernáculos).
Ao longo dos séculos outras festas foram incorporadas a Tradição judaica como a festa de Purim, de Hanuká.

As danças típicas:
 




As danças típicas e folclóricas judaicas estão ligadas à vida agrícola do povo de Yisrael, assim representam uma parte de sua cultura. Grupos de danças sempre se apresentam nos dias de Festa.

Recitação diária do Shemá Sagrado:
 

 
O Shemá Yisrael é a síntese de nossa profissão de Fé, temos por costume recita-lo duas vezes ao dia, pela manhã e a noite, também é recitado em ocasiões especiais e no serviço litúrgico da Sinagoga, recita-se sempre com muita contrição e reverência.

A Mezuzá:
 


É uma caixinha de madeira ou cristal contendo parte da Torah onde tem o Shemá Sagrado, ela é afixada no caixilho ou umbral das portas das casas dos israelitas, do lado direito de quem entra, serve para mostrar que, os membros desta casa são servos do Eterno e obedientes a Torah.

Peyôt:


Os judeus mais devotos ou os ortodoxos(haredim) têm o costume de deixarem a extremidade da barba conhecida como “costeletas” crescerem mais do que o normal, assim, segundo eles, estariam cumprindo o que Adonai ordenou em Levítico 19:27

Conclusão:

Estes são apenas alguns dos principais costumes, dentro outros, praticados no judaísmo advindos de nossa herança cultural hebraica, nem todos praticam tudo, mas muitos praticam vários destes costumes que nos identificam como povo separado do Eterno.
Rejeitamos qualquer forma de introdução de elementos estranhos aos que Adonai nos deixou em sua Torah, não fazemos sincretismo cultural misturando parte de nossos costumes com os costumes das nações, Adonai deixou isto bem claro ao nos proibir adotar costumes das nações:

“E não andeis nos costumes das nações que Eu expulso de diante de vós, porque estas nações fizeram todas estas coisas; portanto me aborreci deles." (Levítico 20:23)


Somos um povo escolhido, possuímos uma herança cultural formulada pelo nosso próprio D’us, temos uma identidade única, somos chamado pelo Nome do Eterno por isso, temos uma grande responsabilidade em fazer brilhar a Luz do Eterno onde houver trevas.



Extraído do site: http://www.judaismonazareno.com
Rosh: Marlon T. Troccolli

               



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