terça-feira, 30 de setembro de 2014

O HISTÓRICO DO JUDAÍSMO NAZARENO

Por: Rosh: Marlon Troccolli

Introdução:

Este artigo baseia-se em pesquisas históricas cujas fontes estarão disponíveis ao longo do desenvolvimento do mesmo, e destina-se a reforçar a Fé Patriarcal de nossos irmãos judeus que reconheceram em Yeshua haNotzeri o Mashiach de Yisrael, bem como de nossos irmãos gentios que aceitaram o D'us de Yisrael sendo enxertados na boa Oliveira e participam da mesma Fé de nossos patriarcas.

Este artigo também mostra como se deu o surgimento da primeira Congregação Nazarena de Yerushalaim, sua separação dos gentios ditos cristãos e os vestígios arqueológicos deixados por estes fiéis, cuja vida foi uma constante perseguição primeiro de seus próprios patrícios, depois pelo império romano e por fim pela cruel igreja cristã que os rotulou de hereges perseguindo-os como animais.

Objetivos:

* Reforçar a Fé dos nazarenos modernos ao conhecerem seus irmãos do passado.

* Servir como material de pesquisa bibliográfica sobre os judeus notzerim.

* Esclarecer a posição nazarena em relação aos vários grupos ditos judaicos messiânicos.

* Mostrar como se deu a separação definitiva dos gentios que adotaram a religião de Roma.

* Fundamentar a Fé Notzerit mediante a historicidade e achados arqueológicos da época.

Investigação Histórica:

Jerônimo era um padre católico, que a mando do papa Damaso foi incumbido de traduzir as Escrituras para o Latim, que já no quarto século era a língua litúrgica da igreja de Roma.
A pesquisa começou em 1986, quando encontramos esta declaração de Jerônimo, que ele escreveu no quarto século:

“Mateus, também chamado Levi, e que de publicano se tornou apóstolo, primeiro de tudo produziu um Evangelho do Messias na Judeia, na língua e nos caracteres hebraicos, para benefício dos da circuncisão que haviam crido, Não se tem suficiente certeza de quem o traduziu mais tarde para o grego. Ademais, o próprio em hebraico está preservado até hoje na Biblioteca de Cesareia que o mártir Pânfilo ajuntou tão diligentemente. Os Nazarenos, que usam este volume, na cidade Síria de Bereia, permitiram-me também copiá-lo”  (Obra de Jerônimo: “De Viris Inlustribus” [A Respeito de Homens Ilustres] – Capítulo III – Tradução do Texto Latino editada por E. C. Richardson e publicado na série – Texte und Untersuchungen zur Geschichte der Altchristlichen Literature — Volume, 14, Leipzig, 1896, páginas 8 e 9.)

Nesta declaração encontramos algumas verdades históricas que devemos Restaurar:

1. Mateus escreveu o Evangelho que leva o seu nome em Hebraico.

2. Não se sabe quem traduziu esse Evangelho Original “mais tarde” para o grego, o tradutor ou tradutores eram desconhecidos. Isto indica que traduções para o grego são posteriores aos originais em hebraico.

3. Esse Evangelho de Mateus em Hebraico, na época de Jerônimo, ainda estava preservado na Biblioteca de Cesareia.  Por que ele se perdeu? O que fizeram como ele?

4. Os Nazarenos tinham um exemplar desse Evangelho e emprestaram para Jerônimo copiá-lo.

Isto significa que no quarto século ainda podemos encontrar os judeus Nazarenos, mas eles, como nós podemos perceber, não pertenciam à mesma igreja de Jerônimo, ou seja, eles não eram católicos romanos, eles eram Notzerim. Tinham um nome, tinham uma identidade que os diferenciava da religião oficialmente estabelecida na época do papa Damaso.

Nossas pesquisas e investigações documentárias se voltaram, então, para responder algumas perguntas: Quem eram Os Nazarenos? Por que usavam o Evangelho de Mateus em Hebraico e não as cópias em Grego que já circulavam no meio católico? Em que eles criam? Por que não estavam unidos com a religião do império que tinha sua sede em Roma? Finalmente queríamos entender e compreender a Origem dos judeus Nazarenos.

As respostas a estas perguntas formaram um grande acervo de Documentos históricos que formam um panorama histórico surpreendente.

Os Nazarenos e a Cidade de Pella:

Pella foi uma antiga cidade, cujas ruínas constituem atualmente um sítio arqueológico que se situa na aldeia de Tabaqat Fahl, no noroeste da Jordânia. O local encontra-se no vale do Jordão, muito perto da fronteira com Yisrael, 80 km ao norte de Amã e 40  km a oeste de Irbid. Após a conquista romana por Pompeu na primeira metade do século I a.a.c., a cidade prosperou ainda mais, tendo então desaparecido a maior parte das construções helênicas. Ainda hoje subsistem ruínas espetaculares desse período, durante o qual Pella foi uma das cidades que compunha a Decápolis mencionada nos Evangelhos.
Com a destruição de Jerusalém pelo general Tito, os Nazarenos se Refugiam nesta cidade. Nossa pesquisa nos remete aos anos 66 ec. e 67 ec. A cidade de Jerusalém estava sitiada. Vespasiano tinha cercado a cidade com os exércitos romanos, mas, inesperadamente foi chamado para Roma, pois o imperador tinha falecido, por essa razão, o próprio Vespasiano foi declarado Imperador. Com a ida de Vespasiano para Roma, o cerco de Jerusalém foi levantado e foi esse o momento que os discípulos esperavam, aproveitando a retirada dos exércitos romanos e em cumprimento da advertência que encontramos em Lucas 21:20-21, eles fogem para além do rio Jordão. A cidade foi destruída pelo general Tito no ano 70 ec.

As fontes de pesquisa apontam como lugar principal de refúgio uma cidade chamada Pella. Vejamos o Comentário de uma Enciclopédia e ver como a história comprova que os discípulos saíram da cidade de Jerusalém antes de sua destruição:

“A Comunidade que imigrou de Jerusalém, ao início da guerra de Vespasiano com os judeus, ficou refugiada nas regiões da Galileia, Judeia e Samaria, ao oriente, e ao sul, no Egito, sendo encontrados até o final do século IV na região de Perea na cidade de Pella”  -(Enciclopédia Italiana – Vol. V, página 76, coluna 4)

Houve de fato uma imigração, para ser mais exatos, aconteceu uma fugida da cidade, um grupo de pessoas que é designado como: Comunidade, eles fogem de Jerusalém e se refugiam em várias regiões, em especial na cidade de Pella.

A Comunidade Notzerit na Cidade de Pella:

Já sabemos que um pequeno grupo de seguidores do Messias, e, portanto, nazarenos, que tinham aceitado a Fé, antes da destruição da cidade de Jerusalém pelo general Tito, fogem. Vejamos agora como era conhecida essa Comunidade de Jerusalém que foge para Pella:

“Transferiram-se antes do cerco, poucos em número para acidade de ... Pella ... chamavam-se Nazarenos, e com esse nome puramente evangélico que figuram na história” (História do Judaísmo Antigo, Cyro de Moraes Campos, Edição de 1961, página 353)

Assim, os que saíram de Jerusalém, antes da cidade ser destruída pelo general romano Tito, era a Comunidade dos Nazarenos, e eles se espalham pela Judeia, Galileia e se estabelecem principalmente em Pella.

“A Comunidade, trazia, porém, o nome de Nazarenos, que compartilhava com os demais grupos transjordânicos” (Nova História da Igreja, Vol.1 de autor francês J. Danielou Henry Marrou, 1984, da Editora Vozes, e com tradução de D. Paulo Evaristo Arns O. F. M. na página 44)

Claramente, sem deixar dúvidas, até Documentos católicos comprovam que a Comunidade dos Nazarenos é aquela que, saindo de Jerusalém se refugia além do Jordão (região transjordânica). Nós deveríamos pensar que os mais interessados em ocultar os fatos deveriam ser justamente os que os negam, porém, diante da história e por causa do grande acervo de Documentos de prova, todo historiador deve ser honesto, e por mais que isso contrarie a tradição religiosa deve afirmar o que realmente aconteceu.

O Início da separação definitiva:

A separação entre os dois grupos, de um lado os Nazarenos, de origem judaica, e do outro os “cristãos” de origem grega e síria, começa a ser notada logo após a Destruição de Jerusalém, pelo Imperador Romano Adriano.
Em 135, o imperador Adriano mandou arrasar a cidade de Jerusalém, ao cabo da revolta judaica liderada por Simão bar Kokhba. Sobre os restos que ficou de Jerusalém, edificou-se uma cidade helênica denominada Aelia Capitolina e sobre o monte onde se erguera o santuário do Eterno, isto é,  o Templo, erigiu-se um templo dedicado ao deus Júpiter Capitolino.

Observem como nessa data, 135, acontece então a separação definitiva que divide os dois grupos, cristãos dos nazarenos:

“A Congregação judaica nazarena já tinha ficado reduzida a uma pequena parcela de adeptos quando sessenta anos mais tarde, Adriano, reprimindo a última revolta dos judeus e fundando nas ruínas da Cidade Santa a nova cidade Aelia Capitolina, na qual nenhum judeu podia entrar, acabou destruindo-a completamente. Os judeus nazarenos, vagando dali por diante pela Palestina, não foram considerados cristãos pelos seus companheiros gregos e sírios. Passaram a serem chamados nazarenos, considerados, justa ou injustamente, hereges e classificados, às vezes, como tais, nas obras de escritores eclesiásticos”  (Philip Hughes “História da Igreja Católica” – Tradução de Leônidas G. de Carvalho, Dominus, São Paulo, Segunda Edição, Revista e Ampliada, página 18)

Este historiador deve se render diante das evidências, não as pode negar, mesmo se tratando de uma obra literária católica. No início ele chama Os Nazarenos de “Igreja judaica”, depois os chama de “cristãos judeus”, para finalmente reconhecer que o verdadeiro nome é: “Nazarenos”.
Reconhece também que a rejeição dos Nazarenos aconteceu nessa época, e foram os gregos e sírios que não mais os consideraram como verdadeiros seguidores do Messias, e injustamente acusados de hereges.

Provas Arqueológicas:

Uma Descoberta Arqueológica Comprova e Demonstra a Verdade Sobre o Começo da Fé Verdadeira, vamos considerar atentamente a seguinte informação: A fonte é de plena confiança.
Nesta fonte se apresenta um fato interessante: A descoberta de um selo numa Sinagoga Nazarena. Além dos oito utensílios usados na Sinagoga, merece destaque o nome que o artigo dá aos primeiros seguidores do Messias de Yisrael:

“Um selo foi descoberto após 2000 anos. Este antigo símbolo foi encontrado no Monte Sião. Acredita-se que ele foi criado por judeus crentes que chamavam-se a si mesmo de Nazarenos... Um dos oito objetos é um bloco bem gasto feito de mármore local do tamanho de um tijolo... Uma escrita em aramaico informando o uso deste artefato para ser a base onde se colocava o frasco do óleo da unção. O antigo aramaico transliterado como: ‘La Shemem Reuhon’ (para óleo do Espírito). Outro dos oito objetos é um pequeno, e quase intacto frasco que deveria certamente ser colocado no topo da base de mármore”  (Good News For Israel – ©Evangelical Press News Service, 6 de julho de 1999)

Percebemos que não são apenas os escritos dos primeiros séculos que atestam sobre a existência dos judeus Nazarenos, mas, também a arqueologia veio em auxílio para demonstrar que a linha de pesquisa a qual nos estamos seguindo está correta. Os Nazarenos eram os verdadeiros mantenedores da Herança Hebraica Messiânica.

A Perseguição contra os Nazarenos - Uma profecia cumprida:

No Estudo anterior mostramos como se deu a separação, para reforçar essa divisão vamos citar um novo Documento, agora de um autor judeu:

“Durante algum tempo, a Comunidade cristã era formada de duas seções divergentes: a dos Nazarenos ou judeus Cristãos... e a de cristãos gentios... É claro que um tal estado de coisas não podiam durar, e era, somente, uma questão de tempo, antes que uma das seções viesse a predominar e expulsar a outra. Foi exatamente isso que sucedeu. O acontecimento crítico que resolveu a questão foi a destruição do templo e do estado judaico no ano 70... A partir desse momento, os Nazarenos começaram a diminuir em número, enfraquecendo-se, pouco a pouco, a sua influência, até se tornar nula”. (Do livro: Dois Caminhos, autor: Abraham Cohem, Edições Biblos Ltda. Rio de janeiro, 1964, página 102.)

Assim um grupo prevaleceu sobre o outro, os Nazarenos perderam quase que totalmente sua influência sobre as congregações gentias, enquanto que os cristãos gentios prevaleceram e venceram. O que estava escrito na profecia?  Veja como as Escrituras apresentam estes fatos, a “besta” (falsa religião) prevalece sobre os santos:

“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação”(Apocalipse 13:7) 

Estava escrito, era a profecia que não poderia falhar! Os santos foram vencidos e a “besta” do Apocalipse prevaleceu sobre eles, a falsa religião imperou dando de beber o seu vinho da mentira, do engano, das heresias, dos dogmas satânicos e do paganismo disfarsado de cristianismo, criaram um novo deus para seus seguidores adorarem, o deus trindade, um novo messias também foi criado aos moldes de sua religião cristã, o messias romano, a B'rit Chadashá foi adulterada para satisfazer as heresias da nova religião de Roma, um novo Cânon bíblico foi organizado de acordo com os interesses dos bispos e padres católicos, em fim, o cenário do engano estava pronto para operar e continuou operando por cerca de 2000 mil anos de trevas espirituais, até ao surgimento da Restauração profetizada nas Escrituras, onde o povo que foi enganado está tendo a oportunidade de ver os crimes cometidos pela religião popular, um verdadeiro atentado a Fé.

Conclusão:

É hora de se fazer escolhas, de se Restaurar a Fé, de se buscar as Veredas Antigas, se voltar aos verdadeiros seguidores do Messias de Yisrael, tudo bem que os nazarenos modernos não são os mesmos do passado, mas eles vieram do mesmo lugar de onde os primeiros nazarenos saíram, do judaísmo comum, não possuem ideias diferentes pois são simplesmente judeus completos, foram preservados das doutrinas de Roma, nada de dogmas mentirosos trinitaristas ou unicistas, são judeus seu maior dogma é o Shemá Yisrael, o Eterno é Um e Único e Ele NÃO DIVIDE sua Glória com NINGUÉM(Isaías 42:8)

Eles são os Remanescentes que tornariam a brotar e dariam frutos, são os que se converteram de entre a multidão como a areia do mar:

"Porque, ainda que o teu povo, o Yisrael, seja tão numeroso como a areia do mar, o Remanescente deste povo se converterá......" (Isaías 10:22)

Adonai os preservou fora da influência de Roma para serem Luz aos gentios de hoje, contradizendo a tudo que Roma inventou para enganar os incautos e jogar por terra a falsa doutrina e as heresias modernas:

"Sim diz Ele: Achas pouco seres meu servo, para Restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os Remanescentes de Yisrael, também te constituí Luz para os gentios, para seres a minha salvação até os confins da terra"(Isaías 49:6)

Bendito seja o Eterno, que não deixou perecer na mentira aqueles que voluntariamente buscaram a Verdade, fazendo parte da Congregação do Eterno e preparando um povo para se encontrar com o Messias, pois sua vinda está próxima.


Créditos: Ministério Israelita Nazareno /do livro: A Verdadeira Herança Messiânica


Rosh: Marlon Troccolli

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UNICISMO OU MODALISMO - UM DEUS MULTI-FACIAL

Por: Rosh: Marlon Troccolli

Introdução:

O Unicismo ou modalismo advoga que existe um Deus, o qual se manifesta em três essências ou modos(pai, filho e espírito santo), só de ouvir esta história de três(03) alguma coisa, nos vem logo a mente uma outra doutrina semelhante(trindade), dai que vem o nome modalista, referindo-se aos modos pelos quais a divindade tem se manifestado.
Na visão desta facção religiosa, O Eterno, O Messias e A Ruach haKodesh/Espírito Santo são manifestações de uma única e singular pessoa, D’us,  de modo que não creem que o Pai e o Filho Yeshua sejam seres distintos, este artigo abordará esse engano sutil e mentiroso mostrando que tanto o unicismo como o trinitarianismo tiveram a mesma origem, isto é, na religião cristã greco-romana.

Objetivos:

* Mostrar aos que estão sendo enganados por esta doutrina pagã greco-romana o verdadeiro caminho do monoteísmo hebraico-judaico bíblico.

* Desmistificar a falsa ideia das supostas três essências.

* Dar suporte bíblico aos que estão sendo assediados por unicistas de plantão.

* Conduzir almas sinceras à verdadeira Fé Patriarcal unitariana.

* Abordar o assunto dentro do contexto hebraico das Escrituras, utilizando sempre q/ possível a Lashon haKadosh, língua do povo do Eterno.

* Identificar  as diversas igrejas e denominações cristãs que seguem o dogma unicista na atualidade.

O Unicismo não é um ensino bíblico:

A doutrina que prega que o Eterno é formado de 3 pessoas, é a doutrina da Trindade, para ver as provas bíblicas contra essa outra doutrina romana, veja o artigo TRINDADE OU D’US ÚNICO em nosso blog.
O Dogma unicista prega que Yeshua é tanto o D’us filho, como o D’us Pai e o D’us Espirito Santo, este ensino é um pouco diferente do dogma da trindade que prega que Adonai é formado de 3 pessoas distintas, e também difere da crença  hebraico-judaica bíblica sobre o Unitarismo do Shemá do Eterno (ver Deuteronômio 6:4).
Pois para nós Nazarenos históricos, o Eterno é um ser  INDIVISÍVEL, UM SÓ, ÚNICO, ÍMPAR, SINGULAR e INCOMPARÁVEL, mas que criou um ser  que se tornou seu filho primogênito distinto dele como pessoa, que lhe é submisso e que cremos que Ruach haKodesh/Espirito Santo seja a emanação da parte de D’us para realização de seus propósitos, sendo assim o próprio Eterno na manifestação de si mesmo.

Histórico da heresia unicista:

A origem do unicismo se prende aos primeiros séculos da Era Cristã. Os mais antigos relatos que se têm notícia são de Praxeas ensinando na Ásia Menor, enquanto Noeto aparece pregando em Roma. Noeto foi quem primeiro formulou uma teologia essencialmente unicista. Ele foi bispo católico de Esmirna, quando por volta de 180 E.c. começou a ensinar o que mais tarde seria conhecido como Monarquianismo. Saiu da igreja de Esmirna por causa de sua insubmissão ao arcebispo, Noeto se refugiou em Roma, onde mais tarde conheceria Epigonus, primeiro discípulo e propagador de sua ideias.
Outro destacado líder do unicismo por essa época foi Praxeas. Oriundo da Ásia Menor, Praxeas era conhecido por seu gênero inquieto, arrogante e perspicaz. Ele chegou a Roma de maneira sutil, passando despercebido até mesmo pelo experiente Hipólito. Formado aos pés de Noetos, Praxeas desenvolveu boa parte de seu ministério em Cartago, onde encontrou forte oposição por parte de Tertuliano. Praxeas negava a pre-existência de Yeshua, usando o termo “Filho” aplicado apenas à encarnação. Segundo este bispo, o Filho seria carne; o Pai Espírito (D'us). Era assim que Praxeas entendia as duas naturezas do Messias, sendo hoje um dos principais artifícios do unicismo moderno. Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Praxeas, quando pela primeira vez o apologista Tertuliano usa o termo trínitas (trindade) para a divindade.
O unicismo, enquanto tentativa de explicar a natureza do Eterno, ganhou corpo a partir do terceiro século. Movido pelo racha do Monarquianismo em Dinâmico e Modalista, ainda no fim do segundo século, Sabélio, um bispo católico de uma igreja do norte da África , saiu em defesa do Modalismo. Sabélio estabeleceu novas diretrizes ao unicismo, do que lhe valeu o título de “maior defensor do Modalismo (unicismo) da História”. Muitas das definições que conhecemos hoje, como “modos do Pai”, “modos do Filho” e “modos do Espírito Santo”, tiveram origem no bispo Sabélio. Apesar da oposição imposta por parte de alguns lideres da igreja na época, entre eles Tertuliano e Orígenes, Sabélio “progrediu”, encontrando na massa dos fieis seus principais seguidores.
Sabélio teria sido influenciado por Noeto, um presbítero católico da igreja da Ásia Menor, nascido em Esmirna que viveu no segundo século E.c., o qual, segundo a citação feita por Hipólito, teólogo romano do terceiro século, que em sua obra Contra Noetum, menciona que Noeto teria afirmado:

"Digo que Cristo era o mesmo Pai, e que o Pai era o que havia nascido, padecido e sofrido"

Certamente esta era mais uma das provas de que o conhecimento teológico, ou verdadeiro conhecimento sobre D’us estava sofrendo um desvio e deturpações.

A falácia unicista foi profetizada pelo apóstolo Pedro:

Kefa/Pedro apóstolo do Messias, usado pela Ruach do Eterno, profetizou que iriam surgir falsos ensinos que chegariam ao ponto de se negar  a obra do Messias como o enviado do Eterno, anulando assim todo trabalho intercessório de Yeshua, transformando toda a obra do Messias de Yisrael num grande Teatro greco-romano:

"No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos mestres entre vocês. Eles trarão heresias perniciosas e rejeitarão o Mestre que os resgatou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição" (II Pedo 2:1)

Rejeitar a criação e filiação de Yeshua, não  aceitando que um ser distinto do Pai se entregou para ser sacrificado e se tornar resgatador e comprador de um povo para D’us, é repudiar nosso Mestre e Senhor transformando toda a obra do Messias num TEATRO GRECO-ROMANO, pois, se o Messias sempre foi o Eterno encarnado, então tudo que ele sofreu, seu escárnio, suas dores e seu martírio foi uma grande ENCENAÇÃO para nos enganar. Isso sim é um desvio claro da verdade sobre a vinda do Messias descrita no Tanach hebraico.

Variação da crença unicista ressurge mais tarde e com mais força:

Na era moderna, esta doutrina maléfica romana ressurgiu e gerou divergências  dentro de algumas denominações protestantes, como da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, cujos  dissidentes passaram a reunir-se e organizar uma forma de adoração centralizada nos conceitos unicistas de John S. Sheppe, como também outra variação da crença unicista foi pregada por um falso profeta  norte-americano chamado William Marrion Branham(1909)  pastor da Igreja Batista que mais tarde fundaria a Igreja Pentecostal Tabernáculo da Fé após ter tido diversas “visões”, a mesma crença unicista também impregnou uma parte do dito judaísmo messiânico também oriundos da denominação protestante “judeus para Jesus” transformando-se depois em várias denominações menores, todas se auto classificando de “netzarim” ou "nazarenos" e reivindicando para si “autenticidade”.

Principais ramificações e facções unicistas no Brasil:

Hoje existem várias denominações e facções cristãs do unicismo no mundo, no Brasil, seis principais grupos se destacam, a saber:

1- Igreja de Deus no Brasil.
2- Igreja Local de Witnees Lee.
3- Igreja Pentecostal Tabernáculo da Fé.
4- Igreja de Deus do Sétimo Dia.
5- Ministério A Voz da Verdade.
6- Os Adeptos do Nome Yaohushua e suas Variantes Judaizantes de falsos nazarenos.

Observem que esta heresia perniciosa se originou e manifestou-se exclusivamente dentro da Grande Babilônia e suas Filhas, tanto o trinitarianismo como o unicismo são faces de uma mesma moeda romana, apenas com conceitos diferentes, enquanto que um prega um só deus dividido em três(03) pessoas distintas o outro prega um só deus dividido em três(03) essências ou modos. Observem e comparem estas duas declarações de fé, uma católica e outra unicista:

«Nós acreditamos com firmeza e afirmamos simplesmente que há um só Deus verdadeiro, imenso e imutável, incompreensível, todo-poderoso e inefável representado no PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO: Três Pessoas, mas uma só essência, uma só substância ou natureza absolutamente simples» (Catecismo da Igreja Católica Apóstólica Romana, Profissão de Fé, Capítulo primeiro, Artigo 01/ disponível emhttp://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2c1_198-421_po.html )

«Cremos que YHWH é UM (echad), ou seja, apenas 1 (uma) Pessoa, e não Três. Cremos que YHWH pode se manifestar de formas plurais, conforme atesta a Torá. Cremos que YHWH revela a si próprio pelas K’numeh ou Gaunin (essências, naturezas, manifestações) do PAIdo FILHO (= a Palavra/Memra) e da RUACH HAKODESH (Espírito de santidade/ESPÍRITO SANTO). Cremos que o PAIo FILHOYeshua (Palavra) e a Ruach HaKodesh(ESPÍRITO SANTO) são manifestações do mesmo YHWH» (Declaração de Fé do dito “Judaísmo Nazareno Unicista”, declaração nº 01, disponível emhttp://www.judaismonazareno.org/nossa-fe/ )

Vemos que ambas as declarações de fé tendem a DIVIDIR o Eterno em três pessoas ou três essências ou três modos diferentes, em ambas as declarações notamos a forte influência romana por trás destas duas religiões, num bom português popular “é tudo farinha do mesmo saco”.

O unicismo nega a pre-existência do Messias:

O unicismo nega qualquer possibilidade da preexistência do Messias. Por quê? Porque isso colocaria em risco sua falsa doutrina das múltiplas essências. Além de negar a preexistência do Messias, os unicistas apontam para o dia quando D’us “deixará de assumir seu papel de Filho e a filiação será, mais uma vez, absorvida pela grandeza de D’us, que retornará a seu papel original como Pai, criador e soberano de tudo”. O que não se entende com relação ao unicismo, é o porquê de todo este malabarismo divino. A descrição que eles fazem de D’us é, sem dúvida alguma, uma verdadeira encenação teatral. É justamente esse o conceito que se tem do Filho – a de um personagem usado temporariamente pelo Pai num grande teatro divino. Consequentemente, não haveria a pessoa do Messias feito Filho de D’us como pessoa espiritual, porém o apóstolo Shaul/Paulo joga por terra este conceito unicista ao declarar:

“O qual foi pelo Eterno, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, quando diz respeito ao seu Filho nascido da descendência de Davi pela carne e foi declarado Filho de D’us após sua Ressurreição dentre os mortos, segundo o Espírito de santidade, Yesua haMashiach nosso Senhor” (Romanos 1:2-3)

Isto é, o Messias pre-existia na mente de D’us, foi o primogênito da criação do Eterno(ver Colossenses 1:15 e Apocalipse 3:14) passou a existir como pessoas após seu nascimento de Myriam, nascido da semente de Yosef seu pai natural por intervenção da Ruach do Eterno, foi declarado Filho de D’us após sua Ressurreição, portanto, o Messias é uma pessoas distinta do Eterno, não há como fugir disso.

Analisando um pouco as Escrituras:

Vejamos apenas rapidamente alguns textos que nos mostram a incoerência deste falso ensino, para que tal doutrina fosse plausível, possível e lógica, Yeshua em nenhuma hipótese poderia ter falado ou conversado com um outro ser em oração que também fosse reconhecido como D’us, pois desta forma ele estaria falando com outra pessoa o que do ponto de vista unicista é inconcebível.
Alguns falam de Yeshua ter falado com sua natureza divina no céu enquanto sua natureza humana estava na terra, mas isso não tem nexo e nem apoio bíblico, sendo necessário o uso de achismos e opiniões subjetivas não respaldadas ou substanciadas nas Escrituras, vejamos alguns textos que nos mostram de fato a realidade, nestes textos é evidente a comunicação entre duas pessoas ou que existe duas pessoas mencionadas, e não uma, como pregam os defensores unicista, doutrina esta  que prega que Yeshua é tanto Pai como o Espírito.
* Daniel 7:13-14 = O Filho de homem (representado pelo Messias) se aproxima de outra pessoa (D’us)
* Salmo 110:1 = O Eterno diz ao senhor de Davi que sente ao seu lado, há dois seres aqui.
* Provérbios 30:4 = Nos esclarece que D’us tem um filho, e pergunta-nos qual é o nome dele.
* Mateus 26:42  = Yeshua ora a alguém que ele identifica ser seu Pai.
* Mateus 7:21 = Yeshua fala que a vontade de outra pessoa que está no céu é que deve ser obedecida
* Mateus 11:25-27 = Mostra claramente que O Pai e Yeshua são duas pessoas distintas, e não que só exista Yeshua.
* João 8:17-18 = Yeshua cita ele e seu Pai como sendo DUAS PESSOAS ou dois homens [δο νθρπων].
* João 12:28  = Neste texto diz que uma voz, e não era a de Yeshua, Falou desde o céu.
* João 20:17 = Aqui vemos que o filho tem um Pai que também é seu D’us
Apocalipse 3:12 = Yeshua menciona várias vezes alguém que ele mesmo chama de seu próprio D’us.
* Apocalipse 3:14 = Yesua se identifica como o principio de criação do Eterno, e qualquer ser racional sabe o que quer dizer a palavra princípio e também criação. (ver dicionário)
* Colossenses 1:15 = Diz aqui que ele é a imagem do D’us invisível, não que ele seja o D’us invisível, diz  também que ele é o primogênito (ver no dicionário o que quer dizer essa palavra) diz ali também que ele é primogênito de toda criação, ou seja, existe uma criação feita pelo Eterno e isso é evidente, desta criação, Yeshua é o primogênito, o primeiro a ser criado ou gerado. 
Será que Yeshua poderia tomar iniciativa em fazer algo independente da vontade de outra pessoa, que era superior a ele? Veja você mesmo a resposta em João 5:19.
Yeshua tem autoridade  no céu e na Terra?   A resposta é sim! Mas veja se ele sempre teve plenos poderes sobre o universo, ou se isso lhe foi dado por alguém.(ver Mateus 28:18). E note que Yeshua depois de cumprir seu papel qual Rei, intercessor, mediador da humanidade e vindicador de YHWH D’us, irá entregar o Reino a seu D’us e Pai, sujeitando novamente todas as coisas a D’us e se sujeitando a ele também, para que D’us seja tudo e em todos. (ver 1° Corintios 15:24-28)
Só não vê a nítida distinção e a existência de uma outra pessoa superior quem não quer ver. O fato de ser dito que é a imagem de D’us não diz que ele é o único nem que é O Pai, o ser humano também foi  feito a imagem de D’us e não é D’us. (ver Gênesis 1:26)
É interessante que muitos unicistas usam o texto de João 10:30 para tentar provar que Yeshua é o próprio Pai. Mas perceba bem neste texto que Yeshua não diz: "Eu sou o Pai", mas sim que ele e o pai [γ κα πατρ] eram um, e depois orou para que seus discípulos todos fossem um, tal qual ele era um com o Pai. (ver João 17:11). Assim, fica bem evidente o que Yeshua queria dizer, ou seja, ele estava unido num só propósito com Adonai, e por isso ele e o Pai eram um, assim deveriam ser seus servos.
Seria desnecessário o apóstolo Paulo dizer aos judeus nazarenos do passado que há somente um só D’us, e que ele é o Pai, e logo em seguida mencionar que há um só senhor, Yeshua haMashiach, se na realidade eles não fossem duas pessoas, ou que os judeus nazarenos do passado acreditassem no unicismo(doutrina que surgiria séculos mais tarde após a apostasia). Porém, os unicistas não podem crer que haja duas pessoas, pois se assim passarem a crer, já não creem mais na unicidade conforme tanto pregam (ver 1° Corintios 8:5-6). Do mesmo modo os nazarenos do passado JAMAIS creram no unicismo, se não, Paulo não teria feito esta declaração em 1º Coríntios 8:6

Os unicistas modernos são lúcidos o bastante para compreenderem que D’us não pode ser três pessoas, mas ilógicos o suficiente para não entenderem que o Filho e O Pai não podem ser apenas "roupagens" diferentes de uma mesma pessoa. O próprio Yeshua disse que não glorificava a si mesmo, mas sim que seu Pai é que o glorificava, e acrescentou que este era o ser que os judeus professavam ter como D’us. (ver João 8:54). E se conforme Efésios 4:6, D’us é PAI de todos, e Yeshua disse que D’us é seu Pai, então logicamente Yeshua também esta incluído entre o TODOS, dos quais Adonai é tanto seu Deus como Pai.
Yeshua ao mencionar para haSatã aquele a quem unicamente ele devia adoração, citou a si mesmo? Claro que não, pois Yeshua citava outra pessoa, pois haSatã não iria solicitar adoração do próprio YHWH D’us Eterno, ele não se atreveria a tanto, mas sim de um ser que possivelmente poderia se corromper ou rebelar contra D’us. (ver Mateus 4:10)

Vocês conhecem os pronomes?   Nós, vós, eles? Quando Yeshua disse: "E é somente a ELE que tens de prestar serviço sagrado", estava Yeshua falando de si mesmo ou de uma outra pessoa? (ver João 16:3). Salmo 110:1 deixa bem claro que Adonai convoca Yeshua para sentar-se ao seu lado direito até que seus inimigos estejam debaixo dos seus pés.   Veja também Mateus 22:41-45. O Tetragrama ou nome divino, ocorre neste texto de Salmo 110:1 apenas uma vez, e a outra ocorrência da palavra senhor no versículo não traduz o tetragrama, mas sim a palavra Adonay, vejamos o texto hebraico:

לדוד מזמור נאם יהוה לאדני שׂב לימיני עד אשׂית איביך הדם לרגליך - Tehillim/Salmos 110:1

LeDavid mizmor ne'um YHWH l'adonay sheb liymiyniy ad ashiyt oyebeykha hadom leragleykha - Tehillim/Salmos 110:1

"De Davi. Salmo. Disse YHWH ao meu senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos como escabelo de teus pés" (Salmos 110:1)

Assim, vemos claramente uma distinção sendo feita entre as personalidades mencionados. Filipenses 2:9-11 nos indica que Yeshua tem a posição que tem por que Adonai colocou ele nesta posição, e está claro que se ele sempre detivesse a posição suprema, como poderia ser exaltado soberanamente e lhe dado uma posição superior, se ele sempre retinha a maior posição? Conseguem entender a questão? João 1:1 também nos mostra que apesar do verbo também ser divino, ou seja, um Elohim, ele estava no principio com o Eterno.  Leiam também estes textos e vejam se Yeshua estava falando dele mesmo: Mateus 11:27 / João 3:35 
O texto de 1° Corintios 15:27 nos mostra que o Eterno D’us, O Pai, sujeitou todas as coisas debaixo dos pés de Yeshua, mas segundo o próprio texto, se exclui ou excetua-se o próprio Pai. Assim o que vemos é que tudo esta debaixo dos pés de Yeshua ou em outras palavras, sujeito a ele, menos o Pai, e como vimos acima em Salmo 110:1, tudo fica sujeito a Yeshua por que assim o Pai deseja. Em João 14:8-10 diz:
"Filipe disse-lhe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso chega para nós. Yeshua disse-lhe: Tenho estado tanto tempo convosco e ainda não vieste a conhecer-me, Filipe? Quem me tem visto, tem visto [também] o Pai. Como é que dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu esteja em união com o Pai e que o Pai esteja em união comigo?"
O texto rezaria literalmente: "Eu estou com o Pai e o Pai com eu está." Não existe base escriturística para entender que Yeshua dizia que ele e o Pai eram a mesma pessoa. O que podemos deduzir do texto, é que Yeshua estava revelando a seus discípulos que ele agia e os tratava como O Pai os trataria.  Era como se ele dissesse, tal como o Pai, assim é o filho. Yeshua mesmo disse: "O Pai é MAIOR do que EU" (ver João 14:28). Aqui temos Yeshua obviamente revelando sua natureza subordinada, não sendo uma frase que expressa uma condição temporal, mas uma realidade constante.  Não existe base para alegar que esta condição seja apenas enquanto esteve na terra como humano.
E continuou sendo assim após a ascensão dele aos céus. (ver 1° Coríntios 3:22-23  e 11:3)
  
Isaías 42:1 diz: "Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios".
O Eterno está falando dele mesmo, ou de outra pessoa? comparar com Mateus 3:16-17. Também veja que o próprio Yeshua disse que o Pai era uma pessoa a parte dele, pode ler isso em João 8:17-18, onde Yeshua esta declarando que na Torah, o testemunho de duas pessoas é tido como verdadeiro, assim Yeshua cita ele como uma testemunha e o seu Pai como sendo outra, ou seja, duas pessoas.
Eu poderia citar dezenas de textos para  mostrar o erro de crer que Yeshua é o próprio Eterno e o Espirito Santo, mas se a pessoa estiver predisposta a não querer enxergar as evidências bíblicas, pouca adiantará o nosso esforço. Mais do que argumentar, é necessário que a pessoa seja capaz de assumir que está equivocada e iniciar uma busca por maiores explicações. Isso obviamente requer humildade de espírito.
Conclusão:

Este artigo não se resumiu em provar os erros teológicos de uma facção religiosa unicista e  judaizante que se auto denominam “judeus nazarenos” ou “judaísmo nazareno”, pelo simples fato de não haver judeus vindos do judaísmo comum que aceite este dogma,  ao contrário, o artigo mostrou como e onde surgiu esta doutrina errônea, a saber, dentro da Babilônia apostatada, ou seja, do cristianismo dos primeiros séculos que se tinha afastado de livre escolha da Fé e Raízes judaica dos apóstolos do Messias.

Sendo uma doutrina estranha à Fé judaico-hebraica  e nascida no seio de Roma, não seria de se admirar que ainda hoje o cristianismo reproduzisse tal doutrina, por isso foi de muita valia deixar os leitores informados sobre todas as igrejas e denominações cristãs que também adotaram o  unicismo como um dogma de fé, sendo representado ao lado do trinitarianismo como a segunda maior corrente religiosa mais seguida dentro do cristianismo.

Todos os que são chamados a retornar a Fé Patriarcal, judeus e não judeus, que estão em processo de Restauração precisam ficar alertas, não adianta dizer que fizeram Teshuvá mas trouxeram um pedaço de Roma em suas bagagens, tais pessoas podem ter saído de Roma, mas Roma ainda não saiu de dentro destas pessoas, Yisrael nunca acreditou na vinda de um D’us encarnado, isto jamais passou pela mente de um judeu, os judeus nazarenos do passado JAMAIS creram no unicismo, pelo simples fato desta doutrina ter surgido séculos mais tarde já na apostasia cristã, por isso, dirijo-me aos sinceros de coração que pensam estar no caminho certo mas que ainda continuam enganados pelo mesmo sistema religioso romano, apenas com uma outra máscara, abram os corações e estudem mais a Palavra de D’us, pois, a Palavra do Eterno é uma Palavra que liberta e, como disse o apóstolo Shaul/Paulo:

“......para que destas coisas vãs vos converteis ao D’us Vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há” (Atos 14:15)




Rosh: Marlon Troccolli



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