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segunda-feira, 29 de setembro de 2014
A HISTÓRIA COMPROVA, OS ESPECIALISTAS CLAMAM:
YESHUA
GUARDAVA A TORÁ
Por
Tsadok Ben Derech
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De
um lado, o autor deste artigo escreve que os netsarim (nazarenos) guardavam a
Torá; de outro, o Cristianismo afirma justamente o contrário. Quem está com a
razão? Além de toda a argumentação bosquejada à luz das Escrituras Sagradas,
demonstrando exaustivamente que a Torá é eterna e dura para sempre, o que
fizemos em outros ensaios, apresenta-se agora um argumento adicional e
incontestável: os “Pais” da Igreja atestam que é verdade tudo o que temos dito
sobre a validade atemporal da Torá.
Com
efeito, Epifânio de Salamina (final do século IV D.C), um dos baluartes da
Igreja Católica, descreve a crença dos nazarenos:
“Os nazarenos não diferem essencialmente dos
outros [referindo-se aos judeus ortodoxos], pois praticam os mesmos costumes
e as mesmas doutrinas prescritas pela Lei judaica [a Torá], com a diferença
que eles [os nazarenos] creem no Messias [Yeshua].
Eles [os nazarenos] creem na ressurreição dos
mortos e que o universo foi criado por Deus. Eles afirmam que Deus é um, e que
Jesus Cristo [Yeshua HaMashiach] é Seu Filho.
Eles [os nazarenos] são bem versados na língua
hebraica. Leem a Lei [referindo-se à Lei de Moisés]...
Eles são diferentes dos judeus e diferentes dos
cristãos, apenas no seguinte: eles discordam dos judeus porque chegaram à fé no
Messias; mas são distintos dos verdadeiros cristãos porque praticam os ritos
judaicos da circuncisão, a guarda do sábado, e outros”
(En Contra de las Herejías, Panarion 29, 7)
Mesmo
estando vinculado ao Catolicismo Romano, Jerônimo (347 a 420 D.C), o tradutor
da Bíblia para o latim (Vulgata Latina), também certificou que os nazarenos
guardavam a Torá:
“Os Nazarenos ... aceitam o Messias de tal maneira
que eles não deixam de observar a Lei antiga [Torá]”
(Jerônimo, Commentary on
Isaiah, Is 8:14)
Mediante
as provas históricas apresentadas, dúvidas não há de que os originais
discípulos de Yeshua criam e cumpriam a Torá de Moisés, que nunca foi revogada
pelo Mashiach (Matityahu/Mateus 5:17).
Apesar
de o Cristianismo insistir no engodo de que “a Lei foi anulada”, estudiosos
sinceros manifestam-se em sentido oposto.
Colacionam-se
alguns escólios de especialistas que se debruçaram sobre o tema, despidos dos
dogmas impostos pela Igreja Cristã (Católica e Protestante/Evangélica).
David
Flusser, judeu ortodoxo e catedrático da Universidade Hebraica de Jerusalém,
escreveu:
“Jesus aderiu ao judaísmo padrão de seu tempo,
e deste ponto de vista, é natural que os seus discípulos, e após eles a
comunidade judaica cristã, devam ter vivido de acordo com a Lei [Torá].”
(Jesus in the Context of
History, página 8).
Somente
há uma imprecisão na colocação do eminente historiador: a comunidade judaica
dos seguidores de Yeshua não era um grupo cristão, e sim nazareno. Tirante este
detalhe, é certo que os netsarim viviam em conformidade com a Torá.
Em
outro trabalho, dissertou David Flusser:
“Como judeu, ele [Yeshua] aceitou totalmente a
Lei. A comunidade que ele fundou, comparável em alguns aspectos aos
essênios, é vista como um movimento de reforma e complementação dentro do
judaísmo, e não como uma secessão dele.”
(JESUS, Herder and
Herder, York, 1969, p. 216).
Giza
o rabino Shmuel Saffrai:
“Yeshua cumpriu a Lei e tradições judaicas do
Período do Segundo Templo”
(The Torah Observance of
Yeshua, Lecture Jerusalem, 1996).
O
Ph.D. David Friedman, após profunda pesquisa sobre o tema, escreveu um livro
afirmando que Yeshua e seus discípulos amavam a Torá. Em certos trechos,
registrou:
“Nós temos visto a evidência dos quatro Evangelhos
de que Yeshua foi um homem judeu que viveu sua vida terrena em absoluta
lealdade às sagradas alianças que Deus fez com seu povo, Israel. Yeshua foi
um homem judeu observante da Torá. Ao tomar a Escritura em um sentido
literal-histórico, esta é a única conclusão a que podemos chegar.”
(They Loved the Torah:
What Yeshua's First Followers Really Thought about the Law, página 43).
“Essas duas seções da Escritura (Mateus 5 e 24) nos
dão uma imagem consistente do ensino de Yeshua sobre a Torá. Sua mensagem é
que a Torá é válida e deve ser respeitada e observada. Na verdade, tal
conclusão é alcançada por um número crescente de estudiosos judeus e cristãos.”
(Ob.Cit., página 32).
O
rabino Stephen Wise, que foi um dos fundadores e líderes do Judaísmo
Reformista, escreveu que Yeshua foi “o Judeu dos Judeus”, destacando o seu zelo
pela Torá (apud “Jesus through Jewish eyes: A Rabbi examines the Life
and Teachings of Jesus”, Rabbi John Fischer, Ph.D., Th.D.).
É
um erro achar que Yeshua criou uma nova religião com base em ensinos totalmente
divorciados da cultura judaica. Yeshua foi um produto do Judaísmo de seu tempo,
e nunca agasalhou os conceitos helenísticos antijudaicos. Mister invocar a
lição de Joseph Klausner:
“Jesus de Nazaré foi um produto apenas da
Palestina, um produto do judaísmo não afetado por qualquer mistura estrangeira.
Havia muitos gentios na Galileia, mas Jesus de nenhuma forma foi influenciado
por eles. Nos seus dias, a Galileia era a fortaleza do maior entusiasmo do patriotismo
judaico. Sem qualquer exceção, Ele é totalmente explicável pelo judaísmo
bíblico e farisaico do seu tempo.
Jesus era um judeu, e como judeu Ele permaneceu até
seu último suspiro. Sua ideia era implantar dentro de sua
nação a ideia da vinda do Messias, e que pelo arrependimento e boas obras fosse
apressado o ‘fim’.
Em tudo isso, Jesus é o mais judaico dos
judeus, mais judaico do que Hilel.
Do ponto de vista da humanidade em geral, ele é, de
fato, ‘uma luz para os gentios’. Seus discípulos levantaram a tocha acesa da
Lei [Torá] de Israel entre as nações dos quatro cantos do mundo. Nenhum
judeu pode, portanto, ignorar o valor de Jesus e de seu ensino a partir do
ponto de vista da história universal.
Este foi um fato que nem Maimônides nem Yehuda ha-Levi
(estudiosos judeus medievais) ignoraram.”
(The Jewish and the
Christian Messiah).
Pinchas
Lapide foi um renomado judeu ortodoxo (1922 a 1997), que não cria que
Yeshua fosse o Messias. Não obstante, escreveu um livro afirmando que Yeshua
realmente ressuscitou dos mortos, pois a ressurreição é um conceito que faz
parte da tradição judaica. Lapide concluiu que, historicamente, Yeshua
ressuscitou, e o ETERNO assim o fez para que a fé monoteísta fosse levada às
nações. Vale transcrever suas palavras acerca do relacionamento de Yeshua com a
Torá:
“Jesus foi totalmente verdadeiro para com a Torá,
como eu mesmo espero ser. Eu até desconfio que Jesus fosse mais verdadeiro para
com a Torá do que eu, um judeu ortodoxo”.
“Eu aceito a ressurreição... não como uma invenção
da comunidade de discípulos, mas como um evento histórico .... Eu acredito que
o evento de Cristo leva a um caminho de salvação que Deus tem aberto, a fim de
trazer o mundo gentio para a comunidade do Israel de Deus.”
(The Resurrection of
Jesus: A Jewish Perspective).
De
acordo com as Escrituras, pecado significa violação à Torá (I Jo 3:4, em
aramaico). Assim sendo, se Yeshua nunca pecou, significa que nunca transgrediu
um mandamento da Torá. Este é o motivo pelo qual alguns estudiosos consideram
Yeshua como um “judeu ortodoxo”, como subscreve George Foot Moore:
“Talvez, o mais importante era o seu relacionamento
com a Lei e as tradições, o que alguns têm descrito [Yeshua] como ‘totalmente
ortodoxo’.”
(Judaism in the first
centuries of the Christian Era, vol. II,
página 9).
O
rabino ultra-ortodoxo Simcha Pearlmutter reconheceu que Yeshua é o Mashiach. Em
um discurso sobre o tema, criticou o pensamento cristão de aceitar Jesus e
rejeitar a Lei (Torá). Segundo o preclaro rabino, quando Yeshua veio ao mundo
não existia Cristianismo, razão pela qual os gentios que criam em Yeshua
ingressavam na família do judaísmo. Por sua vez, o conceito de Mashiach vem da
Torá e Yeshua ensinou a Torá, logo, é totalmente contraditório aceitar Yeshua e
rejeitar seu ensino, a Torá:
“Não se pode pensar em Mashiach sem se pensar na
observância da Torá. Não no judaísmo. Não se pode pensar em Mashiach sem
reconhecer que temos uma ligação forjada entre a nação de Israel e Hashem
[YHWH], que é tão inquebrável que cada palavra que Hashem [YHWH] falou e
ordenou somos obrigados a fazer”
(transcrição de vídeo contendo pregação do
rabino Simcha Pearlmutter).
Ora,
se a Torá é o que YHWH ordenou, então, obviamente tem de ser cumprida, não
fazendo nenhum sentido que Yeshua tenha vindo para anular a Palavra de YHWH.
Por
fim, sublinha-se a citação do ínclito historiador Geza Vermes, Professor da
Universidade de Oxford:
“Alguma vez Jesus se opôs à Lei?
Uma resposta direta a esta pergunta deve ser
firmemente negativa... Em nenhum trecho do Evangelho Jesus
é visto tomando deliberadamente a iniciativa de negar ou de alterar
substancialmente qualquer mandamento da Torá em si.”
(A religião de Jesus, o Judeu, Imago, 1995,
página 28).
Destarte,
tanto dados históricos quanto modernos pesquisadores ratificam que a Torá foi a
base da fé de Yeshua e de seus talmidim (discípulos).
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