A importância da História
para se Compreender o Plano de Deus
Flávio Josefo é considerado um dos
maiores historiadores de todos os tempos. Acha-se ele, devido à sua importância não somente aos judeus
mas também a toda a humanidade,
ao lado de Herodoto, Políbio
e Estrabão. Embora não fosse profeta, e
apesar de não
contar com a inspiração
dos escritores bíblicos,
mostra-nos ele claramente como as profecias do Antigo Testamento cumpriram-se
na vida dos filhos de Abraão.
O que isto vem demonstrar? Que a história, qual solícita e amável serva dos desígnios divinos, tem como
função realçar a intervenção do Todo-Poderoso nos
negócios humanos. Vejamos,
a seguir, como podemos definir a história. No Dicionário Teológico, assim a
conceituamos:
"A palavra história é de origem grega. Vem
de histor. "Aquele que sabe, que conhece, conhecedor da lei,
juiz." Aprofundando-nos um pouco mais em sua etimologia, descobrimos que
este vocábulo origina-se da raiz
de um termo que significa conhecer: "id".
"Cientificamente, a História pode ser definidada
como a narração
metódica dos principais
fatos ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida da humanidade, em
geral.
"Usada pela primeira vez por
Herodoto (484-425 a.C), tinha a palavra história as
seguintes conotações:
informação, relatório, exposição.
Na mesma obra, discorremos ainda sobre a
função da história:
"David Ben Gurion lia regularmente
a História Universal. Por
causa deste seu compromisso com o estudo das antigas civilizações, conforme disse,
certa vez, ao escritor brasileiro, Érico Veríssimo, não tinha tempo para outros entretenimentos.
Se pudéssemos perguntar ao
fundador do Estado de Israel o por quê desta sua preferência, certamente
responder-nos-ia com estas palavras de Cícero:
"Ignorar... o que aconteceu antes
de termos nascido eqüivale
a ser sempre criança".
Como um estadista não
se deve portar infantilmente, punha-se Ben Gurion aos pés da História para não repisar as asneiras
passadas.
"Desgraçadamente, bem poucos
foram os governantes que se dedicaram ao exame do pretérito. Eis porque são tão lamentáveis nossas crônicas; e, nossas memórias, tão cruentas. Que lições de História assimilou Napoleão? Apenas aquelas que
contavam as glórias
de Alexandre? E, Hitler? Limitou-se a circunscrever-se às efemeridades do Império Romano? Isto é aprender História? Não! É repetir as idiotices
de ontem com o nariz enterrado no dia anterior.
"Sendo didática a função primordial da História, com ela aprendemos
a olhar o mundo de forma retrospectiva e perspectiva. Para que o primeiro olhar
seja límpido, é mister que comecemos a
estudar a História
Universal pelas Sagradas Escrituras. Afinal, teremos de responder a algumas
perguntas que, embora simples, não deixam de ser complexas e intrincadas àqueles que ignoram os
escritos hebreus e cristãos.
Eis as perguntas que tanto nos desafiam: Quem criou o Universo? Quem foram
nossos primeiros pais? Proviemos todos de um mesmo tronco genético? E: Foi realmente
Deus quem nos criou?
"Das respostas a estas indagações é que se formarão nossas filosofias de
vida e de governo.
"Quanto ao segundo olhar, é desnecessário dizer que ele
depende essencialmente do primeiro. Só conseguiremos trafegar com segurança, se os nossos
retrovisores não
estiverem quebrados. Doutra forma: atropelaremos o futuro por não perceber que o
presente é
uma estrada de mão
dupla; e, que os semáforos
desta via tão
irregular, nem sempre funcionam. Quando funcionam, o verde passa para o
vermelho sem nenhuma contemplação.
Mas quem aprende com a História
Sagrada; e, da História
Universal, faz-se discípulo
(ambas são regidas pelo Altíssimo) sabe avançar e parar. Quando
necessário, espera. Isto é aprender História: estar com os olhos
no futuro, com o espírito
no pretérito, e com o coração sempre
presente".
A obra de Flávio Josefo é uma leitura obrigatória aos que desejam
conhecer a história
judaica, principalmente o período
que marcou a segunda maior tragédia
dos filhos de Abraão
- a destruição
do Santo Templo no ano 70 de nossa era. Neste relato, observamos, claramente,
como a profecia de Mashiah, no que tange à ruína de Jerusalém, cumpriu-se nos mínimos detalhes. Embora
Josefo não fosse nazareno/cristão, demonstrou de forma
indireta estarem os nazarenos/cristãos
mais do que certos em depositar sua confiança em Yeshua de Nazaré.
Josefo não se limitou à historiografia; foi um
consumado artista da palavra. Num estilo vivido, demonstra quão preciosa é a herança espiritual, cultural
e emocional dos hebreus. Tantos nas Antigüidades Judaicas, como na Guerra dos
Judeus, vai desvendando as conquistas da alma israelita. É claro que, nas Antigüidades Judaicas,
Josefo não agiu propriamente
como historiador. Dando asas à
imaginação, coletando o exotismo
do folclore judaico e aferrando-se à hermenêutica dos anciãos, narrou a seu modo
os fatos que compõem
a história do Antigo
Testamento. Na Guerra dos Judeus, porém, escreveu o que testemunhara ele
ocularmente, pois atuou como um de seus personagens.
De qualquer forma, temos uma obra
indispensável
aos que se dedicam à
história judaica. É uma leitura obrigatória aos que procuram
saber os detalhes da desventura da nação judaica no ano 70 de nossa era.
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